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15 de maio de 2010

Gouveia a Belo Horizonte a pé



Gouveia a Belo Horizonte a pé em uma semana

Saímos de Gouveia seguindo a Av. J. K. sentido sul, em direção a Cruz das Almas. Era 5:30 h. Ainda estava muito escuro.



O dia amanheceu um pouco depois da localidade dos Martins. Muitas poças d'água pelo caminho. Os primeiros dias de janeiro foram de muita chuva em Gouveia. Abrimos uma caixa de leite e fomos tomando pela estrada.



Passamos pelo Rio Cachoeira, que é o mesmo rio que passa pela Fábrica São Roberto.



A 10 km de Gouveia chegamos a um ponto mais elevado onde víamos a Serra de Santo Antonio e a do Salitre a nossa esquerda e as últimas imagens das ruas de Gouveia. Nesse pondo também fica o trevo que dá acesso as localidades de Pedro Pereira e Engenho da Bilía. Comemos algumas bananas e tomamos o resto do leite. Aproveitei para tratar uma bolha que já começava me incomodar.



Localidade de Engenho da Bilía
Chegamos ainda bem cedo no povoado de Engenho da Bilía, ultima localidade dentro dos domínios de Gouveia. Helder distribuía balas para a crianças.



Passamos pela Fazenda "Agrosol"e em seguida chegamos a estrada que liga Datas a Tombadouro. Aproveitamos para fazer a nossa primeira parada do dia junto a uma guarita do ponto de ônibus. O Helder da início suas anotações em seu Diário de Viagem.



Chegamos a Várzea do Basto. Paramos no Bar do Juscelino para reabastecer as garrafas d'agua. Nesse primeiro dia íamos encontrando pessoas conhecidas pois estávamos bem próximos a cidade de Gouveia. E que com frequência eles nos perguntavam: Isso é promessa ?
Logo a frente atravessamos o Córrego Andrequicé.



Passando por uma encosta de Serra viamos Costa Sena se aproximar bem a nossa frente e a direita o Rio Paraúna.


Localidade de Costa Sena
Chegamos em Costa Sena as 14:00 h. Passei na residência de um casal conhecido. A Mariinha nos ofereceu almoço e nos fez um café. O Helder era o nosso "Pero Vaz Caminha", atualizou seu diário de viagem.
Não passamos pela rua principal de Costa Sena. Avistamos ao longe o Largo da Matriz e algumas casas. Saindo da Casa de Mariinha atravessamos o Rio Paraúna e sem seguida a Rua dos Quartéis, indo em direção a localidade de Suzana.




Logo após a casa de Mariinha, enfrentamos sol muito forte e ainda faltavam 22 km pra chegar em Congonhas do Norte. Percebemos que havíamos perdido muito tempo em Costa Sena. Caminhamos por uma hora e meia sem parar. Num ponto mais elevado paramos pra fazer um alongamento e descansar um pouco.



No alto da serra a nossa esquerda formava-se uma grande tempestade com trovões e relâmpagos

Localidade de Suzana
Depois de ter percorrido até aqui 43 km, chegamos a localidade de Suzana onde fica também a torrefação de café "Tia Nica". De lá ainda podíamos avistar o Pico mais alto de Gouveia com seus 1543 metros de altura, era o Morro Redondo da Picada.
Coloquei uma proteção no dedo mindinho, uma bolha começava incomodar. Continuamos.



A tempestade continuava nos rondando agora estava bem a nossa frente . Faltavam 11 km pra chegar a Congonhas do Norte.


Congonhas do Norte-MG
Chegamos a Congonhas do Norte por volta de 21:00 h. Essa foi a maior distancia que caminhamos num só dia, foram 55 km, estávamos exaustos.
Sentíamos em casa pois aqui é a cidade natal do nosso amigo Helder. Seguimos direto para casa de sua avó Chiquita, lá se encontravam os pais do Helder também. A vó Chiquita nos serviu o jantar e fomos dormir.
No outro dia despedimos dos parentes do Helder e partimos. Já passava das 9:00 h. mas como nesse dia a distância seria 25 km, não nos preocupamos.
Terça feira, 11 de janeiro de 2005, seria o nosso segundo dia de caminhada. Apesar de termos feito um percurso muito longo no primeiro dia, sentíamos bem dispostos.


Localidade de Santa Cruz dos Alves
Logo após os primeiros 5 km chegamos a localidade dos Alves. Gravamos algumas imagens, reabastecemos as garrafas d'agua e o continuamos.
A estrada segue pelos cumes das montanhas ladeada por florestas. A vegetação em alguns pontos já tem características de Mata Atlântica.



Andar por trechos iguais a esse nos dá muita segurança, são muito habitados com pequenas propriedades.



Caminhar em estrada de com muita mata em nossa volta é muito agradável mas essa tranquilidade está com os dias contados pois esse trecho está sendo asfaltado.



Ouro Fino está localizado em uma várzea entre duas linhas de montanhas. Bem antes de chegar já avistávamos a Igreja na encosta da Serra. Por aqui pernoitam as cavalgadas vindas de Gouveia por ocasião da festa do Jubileu de Bom Jesus em Conceição do Mato Dentro.



Localidade de Ouro Fino-MG
A recepção em Ouro Fino foi ótima. Passamos no Bar do Ponto e encomendamos o jantar. O Joaquim mais a frente, proprietário de outro Bar, nos ofereceu sua casa que estava em construção onde dormimos. A noite, a nossa porta, adolescentes em férias dançavam forró. Ouvíamos também histórias do Geraldo Bochecha, aposentado da Mina de Morro Velho. As 23:00 h. fomos dormir.
Agradecemos e nos despedimos do Joaquim. Era quarta feira dia 12 de janeiro de 2005, 8:30 h. Iríamos caminhar distância de 25 km ideal para um dia de caminhada.





A Estrada segue pela mesma várzea onde fica localizado também Ouro Fino. Hoje chegaríamos bem cedo ao nosso objetivo, Conceição.



Passa por nós em sua kombi, Joaquim, o mesmo homem que nos abrigou em Ouro Fino, levava passageiros para a cidade. A senhora Socorro, nessa casa a esquerda da estrada, nos convida para tomar um café. Aproveitamos para encher as garrafas d'agua.



Trecho muito habitado de belas pastagens e terra fértil. Esse senhor na porteira muito simpático nos convida pra entrar e tomar um café. Não aceitamos mas logo ficamos pesarosos por não ter parado, afinal não é toda hora que pessoas nos convidam pra entrar.



Essa criação de Búfalos já é bem antiga nas proximidades de Conceição.


Conceição do Mato Dentro-MG
Por volta de 13 h avistamos Conceição. Quem chega por esse lado da cidade tem uma visão privilegiada.
Chegamos bem cedo. Por volta de 14 h fomos adentrando a cidade de Conceição do Mato Dentro. Fizemos uma ótima caminhada nesse dia. Foram 25 km em estrada de terra de Ouro Fino até aqui.



Chegando, seguimos direto para a Pousada Serra Velha. Ficamos muito bem instalados em um apartamento duplex. O Junior e Helder foram para a parte de cima, eu fiquei na parte de baixo.
No dia seguinte a intenção era sair as 6:30h. Mas como o café era servido a partir das 7:00h preferimos esperar. Tínhamos que sair bem alimentados pois, nos próximos dias, não iríamos encontrar muito conforto. Saímos da Pousada exatamente as 8:30 h.

Passamos no Supermercado da Cidade para comprar algumas bananas e partimos definitivamente. Era quinta feira, 13 de janeiro de 2005.



Aos poucos íamos deixando Conceição do Mato Dentro. A nossa intenção era aproveitar o dia ao máximo, caminhando a maior distancia possível e acampar no alto da serra.



Placas na saída de Conceição do Mato Dentro.
Hoje, iríamos completar o quarto dia de caminhada.



A seguir enfrentamos uma longa subida e logo após uma descida. Usamos pela primeira vez nossas capas de chuva. Ao atravessarmos o Rio Santo Antonio a chuva parou. Era pouco o movimento de carros nesse trecho de asfalto.



No final do segundo aclive, junto ao entroncamento para Três Barras, paramos nesse boteco. O proprietário de nome Sérgio, nos recebeu um pouco desconfiado. Encontramos leite longa vida, pedaços de frango e peixe frito na estufa de aparência não muito boa. Fizemos uma jacuda de leite e farinha. Cachorro e galinhas a nossa volta catavam migalhas. Descansamos por alguns minutos pois tínhamos enfrentar uma longa subida. A Grande Cordilheira do Espinhaço se aproximava. Pagamos R$ 12,50 e nos despedimos do Sérgio.




Na metade da subida do Espinhaço, encontramos algumas casas e um bar, já era 15:30h. Aproveitamos para tomar um refrigerante. Um senhor da região nos disse que a localidade é conhecida como Serra do Tomás.



Estávamos enfrentando a grande elevação do Espinhaço. Nesse momento avistávamos a grandes distancias. Eram as ultimas imagens que víamos de toda região de Conceição, Serro, Diamantina e Gouveia. Do outro lado da serra seria outro cenário.



A nossa idéia inicial era pernoitar sempre em pousadas, as barracas seria para um caso de emergência. A travessia do Espinhaço era a nossa principal preocupação. É um trecho demasiadamente longo para se fazer em um dia. Nessa época do ano acontecem muitas tempestades e acampar em campo aberto nessas condições não era aconselhável.
Chegamos ao final do dia num ponto mais elevado da serra e pouco habitado. Estávamos preocupados pois não avistamos nenhum abrigo e o tempo mudou rapidamente, ficando revolto e ameaçava chover. Avistei bem longe duas casas numa curva da estrada e numa delas percebi luzes acesas. Chegamos até a porteira e chamamos, logo apareceu um senhor dizendo que não podia nos receber porque ele era caseiro e não tinha autorização para isso. Indagamos a ele sobre a outra casa do outro lado da Estrada. Ele nos disse que poderíamos ir para lá pois o caseiro a abandonou e o proprietário se encontrava nos Estados Unidos. Partimos pra lá apressadamente pois a chuva ameaçava. Anoiteceu rapidamente e tivemos dificuldade para achar a casa no meio da escuridão. A cozinha estava aberta, a porta presa apenas por um prego. Tão logo entramos o vento aumentou e a chuva caiu forte. Tivemos muita sorte!
Encontramos lenha seca debaixo do fogão. Enquanto Helder preparava o Miojo eu e o Junior armávamos as barracas dentro da cozinha. O vento forte lá fora parecia que ia arrancar o telhado e fazia muito frio. Não foi uma noite confortável. Se não encontrássemos esse abrigo nem sei o que seria.
O dia amanheceu com muita névoa baixa mas não chovia. Comemos algumas bananas quase maduras com amendoim e agua, foi o nosso café. Juntamos nossas coisas e saímos depressa. Hoje, sexta feira, 14 de janeiro de 2005, quinto dia depois de nossa saída de Gouveia, teríamos que andar 29 km até a Pousada Chapéu do Sol na Serra do Cipó.




Seguimos um trecho lamacento em obras e relembrávamos as dificuldades que tivemos na noite anterior.
Estátua do Juquinha no alto da Serra do Cipó. O nevoeiro começou a dissipar nesse ponto. Ainda faltavam quinze km para chegar ao nosso objetivo nesse dia.



Do alto da Serra avistamos um pequeno atalho, seguindo por ele deparamos com um riacho. Aproveitamos para nos refrescar um pouco. O Junior colocou um curativo no dedo do pé.



Além da noite mal dormida, estávamos com fome e ainda cometi um erro básico de não ter levado uma sandália para aliviar os pés que incharam um pouco. Com o calor e a umidade, apareceram mais bolhas. Por um momento pensei que não suportaria mais. A cada parada, o recomeçar era muito sofrido. Doía o corpo inteiro.



Uma coisa que observamos foi que preservaram antigas pontes e fizeram novas ao lado. Essa estrada faz parte da historia, ligava a Região de Sabará a Diamantina.
Paramos mais uma vez no Córrego do Palácio. Foi um dos pontos mais críticos de toda nossa aventura. Helder reclamava do joelho. O que me encorajava, era o fato de que faltavam poucos quilômetros pra chegar na Pousada Chapéu do Sol no Cipó.




A paisagem aliviava um pouco nosso cansaço e a fome. A estrada seguia com trechos de terra e outros de asfalto mas com pouco movimento.


Pousada Chapéu do Sol
Depois de dois dias difíceis fazendo a travessia do Espinhaço, chegamos a Pousada Chapéu do Sol. Era sexta feira dia 14 de janeiro.Enquanto jantávamos, decidimos não caminhar no dia seguinte, estávamos muito cansados. Depois de um dedo de prosa com o Luiz Bião da Pousada, fomos dormir. O sábado foi um dia ideal para descanso, pancadas de chuva e sol ao mesmo tempo. Recuperamos bem as energias para reiniciar a caminhada no domingo.




O domingo prometia uma boa caminhada. O sábado de folga na Pousada Chapéu de Sol foi providencial. Estávamos descansados e bem alimentados. Acabamos de descer a Serra e a vista era deslumbrante. Avistamos o Balneário da Serra do Cipó "ACM" e várias Pousadas logo abaixo.


Localidade de Cardeal Mota
Logo nos primeiros 3 km chegamos a Cardeal Mota. Essa localidade fica bem ao pé da Serra e pertence a Santana do Riacho. Vive exclusivamente do turismo. Aproveitamos para fazer ligações.



Aproximando do Hotel Veraneio, usamos nossas Capas de Chuva pela segunda vez.



A Partir da Pousada Chapéu do Sol até esse ponto denominado João Congo, foram 12 km de caminhada. Viramos a esquerda e pegamos uma estrada de Terra. Antes disso pedimos informações no Bar e Restaurante Coqueiros. O Jairo, muito prestativo, desenhou um mapa bem detalhado da Região, sem o qual teríamos dificuldades pois seguiram-se várias bifurcações e encruzilhadas.



Nesse ponto cometemos um pequeno erro, mas uma familia que estava por ali nos informou o caminho para Jaboticatubas.
Aconteceu um fato interessante nesse trecho. Uma moradora da localidade insistia para que pegássemos carona. Na avaliação dela, fomos passar o final de semana da Serra do Cipó e ficamos sem dinheiro pra voltar. Como no momento não estávamos com paciência para explicar para ela o que estava acontecendo, ela corria atrás de nós aos gritos e insistia novamente. Foi muito divertido.



A caminhada nesse dia foi muito agradável. Chovia em pontos isolados. Muita gente aproveitando o final de semana nos sítios da região. Era domingo.



Logo após Cardeal Mota , a estrada de terra seguiu ao pé da Serra do Espinhaço até Jaboticatubas.




Já não havia sol. Ainda faltavam mais de 4 km pra chegar ao nosso destino.



No final do dia, já escurecendo, avistamos Jaboticabas. O motorista dessa Caminhonete nos ofereceu carona, não aceitamos. Agradecemos e explicando para ele os motivos da recusa e o veículo seguiu em frente.

Jaboticatubas-MG

Chegamos a Jatoticatuas. Já era noite. Como era domingo, tinha muitos jovens na praça principal e muito barulho, vários carros com sons bem alto. Não encontramos restaurante aberto. Fomos comer um sanduiche. Dormimos na Pousada da Bárbara.
Levantamos bem cedo na segunda feira dia 17. Passamos na Panificadora 5 Estrelas na Praça Principal para reforçar o café da manhã e comprar umas barras de cereal. E logo iniciamos o que seria o ultimo dia de nossa aventura.



Saímos de Jaboticatubas subindo a Av. Benedito Valadares, e em seguida a Praça Pe. Messias onde está a Matriz de de N.S. da Conceição. Em seguida pegamos a Rua Padre Pedro Passos que vai dar no asfalto da MG-20 para Santa Luzia.



Não estava em nossos planos caminhar pelo asfalto mas não tinha outra alternativa. Além do calor que o asfalto reflete o perigo é constante. Nessa reta encontramos um cachorro recém atropelado agonizando. Um caminhão ultrapassando, quase me atropela. O Junior Cebola logo da o ritmo e segue a frente.



Butecos não faltam nas proximidades do Rio Taquaraçu.



O Rio Taquaraçu faz a divisa entre as duas cidades. Nesse ponto começa Santa Luzia



Convento de Macaubas




















Estamos muito alegres pois hoje, segunda feira, 17 de janeiro de 2005 era o último dia de nossa caminhada e o oitavo dia após a saída de Gouveia. Paramos aqui para fazer uma balanço e já comemorava-mos o nosso feito, pois só faltavam 9 km.
As bolhas eram as únicas coisas que me incomodavam. O Helder reclamava muito do joelho. O Junior Cebola não reclamava de nada e sempre estava na dianteira.







O Convento Macaubas vai ficando pra traz.
Um dado histórico. Chica da Silva chegou a esse local no Século XVIII para visitar a suas filhas. Ela e o Contratador João Fernandes saíram de Diamantina passando por Gouveia, e próximo a Presidente Juscelino "Paraúna", um barco que navegava o Rio das Velhas os levou até a cidade de Sabará. O destino final do casal era a cidade de Mariana. Essa foi a viagem mais longa feita por Chica da Silva.



Não foi nada agradável caminhar pelo asfalto entre Jaboticatúbas e Santa Luzia. Logo após o convento de Macaúbas deparamos com esses cavalos bem numa curva. Encontramos também animais e pássaros atropelados.


Passamos agora por um caminho com várias mangueiras, mas segundo a regra do Ataúfo Alves, laranja madura na beira da estrada tá bichada ou tem marimbondo no pé. No caso aqui eram mangas.


O Centro de Santa Luzia vai se aproximando, do lado direito da estrada passamos por uma Hípica ou um Haras.

Começo a me imaginar comendo um feijão com arroz e bife. No dia anterior não comemos uma refeição completa, encontramos apenas sanduíches em Jaboticatubas.



Chegando em Santa Luzia, seguimos em direção ao Centro Histórico que fica em um ponto mais alto da cidade.

Santa Luzia é como todas as cidades históricas da região metalúrgica mineira. Cresceu desordenadamente com casas mal construídas nas encostas dos morros sem nenhuma preocupação urbanística. Passeios e ruas estreitas que dão exclusividade quase que absoluta para o transito de veículos.

Santa Luzia-MG

Chegando no Centro Histórico, esquecemos a má impressão inicial. Encontramos uma praça seguida de uma rua com algumas casas coloniais bem conservadas e a Igreja Matriz à esquerda com algumas reformas externas mas com o interior ainda bem preservado.


Carentes de um banho, tínhamos que enfrentar um ônibus urbano até a rodoviária para uma longa viagem de volta a Gouveia.

Na maioria das vezes nos ambientes menos requintados é que se encontra calor humano. Esse Sr. de Boné, proprietário do Bar e Restaurante Leblon no Centro Histórico de Santa Luzia, resolveu todos os nossos problemas. Enquanto a sua cozinheira preparava o nosso jantar que por sinal ficou uma delícia, ele nos cedeu seu chuveiro nos fundos do Bar, onde tomamos um ótimo banho e trocamos de roupa.

Considerações Finais

O que parecia ser uma tarefa simples quase não chegou ao fim. Pensava eu que, bastaria ter um bom preparo físico e tudo se resolveria, o que não é verdade. Detalhes como: escolha de um calçado confortável, um bom agasalho, caminhar mais nas madrugadas e manhãs evitando o sol forte do meio dia e evitar alimentos de difícil digestão durante a caminhada, deixando pra fazer uma alimentação mais completa no final de cada jornada. Acho que esses foram os nossos pontos fracos.

É tambén importante determinar os objetivos da aventura. Entendo que essa nossa primeira experiência se enquadra mais como um desafio físico. Caminhamos muita distância em pouco tempo, não sobrando tempo e disposição para interagir com os habitantes das localidades. Espero que nas próximas viagens vamos saber explorar as peculiaridades históricas e culturais ao longo do caminho.

FIM